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quarta-feira, 30 de março de 2011

Antecipo minhas desculpas pelo comentário desnecessário

Achei engraçado.
Os artrópodes, em sua maioria moluscos, possuem sistema circulatório lacunar (aberto) e o transporte de substância no organismo é auxiliado por nada mais que três corações.
Diferentemente os poríferos, como exemplo as esponjas, têm ausente o sistema circulatório, consequentemente não possuem coração.
Então, se pararmos para fazer uma analise uma tanto idiota e desconsiderarmos a liberdade artística de criação de personagens, O Bob Esponja tem papel trocado com o Lula Molusco já que o ultimo apresenta grande insensibilidade em contra posição com o primeiro.


Ora, quem não tem marcado na memória um personagem de animação do qual dava e ainda dá gargalhadas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

DOCE:

adj. Que tem um sabor como do açúcar e do mel. / Que não é amargo, nem azedo, nem salgado. / Que é temperado com açúcar, mel ou outro ingrediente adocicante. / Fig. Terno, afetuoso, agradável, aprazível; leve, brando, mole. / Aquilo que é doce. / Confecção culinária em que entra açúcar, mel ou outro adoçante.

Composto principalmente por açúcar, uma forma possível dos carboidratos. A forma mais comum de açúcar consiste em sacarose. É usado para alterar (adoçar) o gosto de situações e situados já que de forma singela ameniza aquele que se encontra amargo adocicando todo o conjunto. Pode ser produzido comercialmente a partir da beterraba justificando o tom rosado da superficie.
Feito com amor e leveza de Vô. Impossível não agradar aqueles que provam, propicio ao surgimento de necessidade compulsiva e desejo de mais.

Sinestesia para imagem de suavidade. O doce é percebido pelo paladar, mas pode ser associado com o uso da figura de linguagem a outros sentidos. Entre eles a visão, tato e olfato levando a sensação de amável doçura. Recurso usado principalmente na literatura.

Devido à intensidade de açúcar, se consumido em grande quantidade pode levar a problemas gerais no organismo no qual apresenta sintomas variados entre eles, como citado anteriormente, iludida necessidade de tê-lo. Na ausência é possível que seja encontrado também outros muitos problemas já que este contém características importantes para a estabilidade de um organismo saudável.

-eu tenho meu doce, mas ele é feito de gente.

clara dos anjos

Hoje não sou mais criança,
Mas mesmo assim nunca deixei de ser
As asas carrego apenas na lembrança,
Mas também nunca deixei de as ter.
fotografa : Méria Cristina

terça-feira, 22 de março de 2011

Conclusões não só da física

A Força quando estudada pelas ciências que fazem analises deste fenômeno é dada por F = m.a. Nas minhas condições atuais pode ser substituída por outra formula. Essa nova visão de força é constituída pelas mesmas incógnitas, mas de sinais opostos.

Primeiramente, após horas de estudo e experiências, foi concluindo a primeira noção onde Força apresenta presença negativa, ou seja, ausência de força –F = (m1.a) + m2. É necessário dois corpos somados, preferencialmente em contato, para a realização da ação de não haver ação (-F).

A primeira massa na presença da segunda, multiplica com a aceleração conseqüente da alteração no sistema do corpo, cancelando qualquer possível surgimento de atrito (Fat). Isso conclui na ausência de força nos corpos que se mantêm juntos sem conseguir se repelirem até que uma outra força externa interfira.

Também é possível devido a situação ambiente que a força se apresente positivamente 2F = m1ª – m2. A primeira massa quando encontrada subtraída a segunda se eleva à aceleração e conclui na multiplicação de suas forças.

As pesquisas foram feitas em laboratórios naturais com material especifico os quais os resultados estão aqui apresentados. É possível que tal teoria não se concretize se mudado os valores das incógnitas.

Dados;

m1 = eu

m2 = você

a = aceleração dos batimentos cardíacos

-F = ausência de força nas massas

2F = multiplicação da força necessária para te ver

segunda-feira, 14 de março de 2011

agente tenta, né Thiago?

'' Num quarto ela bota o circo onde ela vai trabalhar; no outro ela bota o homem que ela vai gostar; no outro os amigos que ela vai ter. Arruma, prepara, prepara: ela sabe que vai chegar o dia de poder escolher. '' "Corda Banba" - Lygia Bojunga

"É assim como eu. Vivo viajando, colocando em cada ''quarto'' um pouquinho da minha imaginação e pensando em como foi minha vida quando era pequeno e como ela ainda será. E sei que irá chegar um dia que eu vou poder escolher. " Thiago Dias Corrêa

"Comparação melhor? Talvez impossível. Já são presentes em meus quartos, cada qual com seu devido cuidado, sendo amados e guardados. Minha arte, minha segurança e meu amor. Tenho os comigo escondidos no fundo das gavetas, sabendo que posso escolher. Mas, sinceramente, queria eu não ter essa opção e nunca abrir mão, nem agora e nem depois, dos quartos que carrego sempre comigo" Clara Alves

quinta-feira, 10 de março de 2011

Quanto a amizade

Tenho a comigo como um bem precioso
No qual me prendo.
E lanço um olhar de indignação àqueles que com tanta facilidade dela se desfazem.
Conforta-me e me distrai.
Compartilho lhe minhas alegrias e tristezas.
Escuto e falo sobre indecisões, ouço opiniões ou nem mesmo tenho vozes.
Apenas presença.



história boba, moral bonita.

Era uma vez uma casa na serra, e ela tinha três telhados,uma para cada família. Cada família gostava de cores diferentes, uma gostava de azul e tudo na casa era azul, a outra gostava de amarelo e tudo em sua casa era amarelo e por fim a ultima gostava de vermelho e tudo na casa é vermelho.

A casa de três telhados era isolada na serra e as famílias não conheciam ninguém mais além delas mesmas. Todos os dias brigaram entre si, não concordavam em nada, principalmente quanto as cores, sempre azul, sempre amarelo e sempre vermelho. E assim vivia numa continua infelicidade.

Foi quando num dia como outro qualquer nasceu entre os telhados amarelo e vermelho uma flor alaranjada. As famílias ficaram assustadas com a nova cor, uma junção do vermelho que não era vermelho e do amarelo que não era amarelo.

E assim as famílias passaram a se comunicar e entre o telhado azul e o amarelo nasceu uma flor verde. Mais tarde entre o telhado azul e vermelho cresce uma flor roxa. Desde então as famílias se misturam e tornam-se amigas.

E o jardim da casa que agora só tinha um telhado encheu se de diversas flores coloridas, tamanhos e texturas. As famílias vivem agora felizes na casa da serra.

Ditado por Clara 16, e escrito por Fernanda 12.

As mais místicas das narrativas são as infantis, por que sua simplicidade não lhes dão limites. Atarefando o leitor de ampliar sua imaginação atribuindo detalhes a história.(Clara Alves)

mulher




Venceu a vida com alegria e cores, não pode lutar contra o amor.

Verdadeira necessidade

"(...)não há nada no mundo que me interesse tanto como as crianças. Quando as observo, noto nesses pequenos seres o germe de todas as virtudes, de todas as faculdades que um dia lhes serão necessárias: em sua teimosia vejo a futura constância e firmeza de caráter; em suas travessuras, o bom humor que lhes fará vencer facilmente os perigos do mundo. E tudo isso de modo tão puro, tão íntegro! Sempre e sempre eu evoco estas palavras preciosas do Divino Mestre:"Se não vos tornardes igual a essas!..." Pois bem, meu caro amigo, as crianças, que são nossos iguais, que deveríamos tomar como modelos, nós as tratamos como nossos vassalos! Não queremos que elas tenham vontade! E nós não temos? Por que deveríamos ter privilégios? Por sermos mais velhos e mais experientes?... Deus do céu! Você só vê velhas crianças e crianças jovens, nada mais(...)"
Werther em " Os Sofrimentos do Jovem Wether"- GOETHE

Segunda típica de começo de mês, manhã escura e chuvosa na qual eu trocaria tudo pelos meus lençóis de volta. Mas eu que não tenho, e nunca tive, esse luxo que é o poder de escolha me encontrava em uma fila por sinal um tanto quanto extensa.

A cabeça cheia de contas, nas quais a maioria subtrações. Fui lentamente fechando os olhos e a gravidade foi fazendo valer-se, quando esbarrei de uma vez na mulher na minha frente e quase levei lhe a bolsa ao chão. Sem saber como me desculpar, olhei para traz e fiz o óbvio maldoso, apontei para criança que inocente dava a mão ao pai. E nesta entreguei toda a culpa do acidente.

A consciência pesou por um estante mas logo passou. Convenhamos que nunca fui muito ético e enfrentar uma mulher me encarando por possíveis duas horas futuras não me agradava nada. E o que poderia ela fazer a uma criança, não é nessa idade que permitimos que aprontem sem encher lhes de sermões do tipo "Já não acha que está crescido para esse tipo de atitude?", até porque diferente de mim, um homem que cresceu até de mais, aquela logo atrás de mim realmente não tinha tamanho pra nada.

Entediado e sonolento resolvi tentar chamar a atenção daquela criaturinha. Sentia que ia dormir se não arranjasse alguma motivação, e já que uma vez deu certo, se novamente esbarrasse naquela que me antecede na fila tenho um plano de fuga quanto a culpa. Mas como abordar uma criança? Não estava disposto a imitar vozes infantis e fazer careta, seria me rebaixar e rebaixa-la também. E toda aquela cena me parece de tamanha falsidade, só porque têm menos idade não significa que tenha doenças ou que sejam de outro mundo, vão crescer de toda forma e esconder o mundo não vai ajudar. Ninguém nunca me escondeu nunca me encheram de sonhos e dengos e mesmo assim não cresci com raiva do mundo.

Confesso que também não sou o cara mais carinhoso e atencioso do mundo, nem paciente, ou crítico ou... Não importa! Não tenho nem um tipo de trauma. Consequentemente não teria dificuldade de chamar a atenção da criança, podia lhe oferecer algum doce, só que estaria me contradizendo, não iria escorar em outras coisas, ia oferecer somente minha presença.

Na verdade estava preocupado demais, eu não precisava dela. Ela que precisava de mim. Agora que estava confiante virei pra traz e lhe mandei um sorriso meio sem graça e acenei com mão direita. A criança em questão, que pude notar era um menino, se escondeu atrás do pai abrasando forte suas pernas. Acabei então de comprar uma briga comigo mesmo, como pude ser rejeitado? Por uma criança? Devia ela saber que tenho quase o triplo de seu tamanho e que em seu lugar não rejeitaria a companhia de um homem como eu.

Me deparei com um sentimento que eu costumo rejeitar, eu precisava dele. Não deixaria aquela fila sem que me desse alguma atenção, abaixei e me igualei ao seu tamanho e puxei um dialogo inocente e fútil que não passaria de educação se direcionado a uma adulto “Oi, tudo bem?". O menino se conteve, olhou para o pai e não vendo nenhum olhar de reprovação se aproximou. Fiquei nervoso, na situação em que estava recuar seria perder a guerra, mas não tinha mais armas para lutar.

E tomando todo o domínio do momento começou a brincar com minha jaqueta que apresentava alguns buracos e manchas. Ele controlava meus movimentos e prendi meu olhar na mãozinha que desfiava o tecido como se estivesse o reformando. Que criatura boba, nem mesmo sabe meu nome e já se entregou a mim. Ou eu estava em suas mãos? Será minha inexperiência com crianças que me deixou tão perplexo quanto sua doçura?

Eu definitivamente precisava disso, na verdade sempre precisei. Não sei quanto ao resto do mundo mas imagino que não seja uma sensação tão individual, acredito que hei de encontrar alguém que concorde com as minhas novas conclusões. Nós precisamos da infância, não só a nossa, mas também a das crianças. Pode se até descartar o discurso obvio em que se afirma que são elas o futuro e mais uma serie de frases emotivas que lemos normalmente em propaganda de loja infantil. Não é com elas que me vejo agora preocupado, é comigo.

Não sejamos hipócritas. Quantas vezes fizemos como eu? Atribuir lhes culpa e inventar desculpas na qual elas se integram. Quantas vezes não fingi ocupar-me delas para na verdade me desocupar de todo resto? E quanto à leveza que têm? Aceitam ser conduzidas, e acreditam e admiram-nos. São poucos os sentimentos que se igualam ao de sentir se um exemplo, um espelho. Deveria isso corrigir os adultos e espirar as crianças. E hoje os problemas e doenças são em grande parte emocionais, temos muito perto a cura destes males. Alegria, persistência, simplicidade, vontade, verdade, encanto, disposição, amor. Sim precisamos, já tivemos, mas perdemos. Nos resta recuperar e o engraçado é que é fácil de achar. O maior problema é que ninguém quer procurar.

O tempo passou, a fila andou. Meu novo amigo muito me mostrou coisas importantíssimas como o dente que lhe faltava ou o roxo no joelho. E quando digo importante embora pareça irônico quero atribuir sentido literal a tal frase. Eu lhe mostrei coisas tolas como contas e aparelhos eletrônicos. O tempo passou, a fila andou, minha vez chegou. Fiz o que tinha que ser feito e deixei minha nova alegria, e ao cruzar a porta de vidro do estabelecimento voltei à velhice rancorosa, impaciente e oca.


“Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças”

Fernando Pessoa