quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
No samba sempre foi assim
É bom acabar com isso, não sou nenhum pai-joão
Quem trouxe você fui eu não faça papel de louca
Pra não haver bate boca dentro do salão"
Chico Buarque de Holanda
Me cutuca e me lança um olha de insatisfação
Entendo sua angustia, mas o giros na pista me prendem a atenção
Não abro mão do meu samba. Controle seu ciume
ou seus passos e pés, aprenda a dançar.
E então enfim até o salão pode me acompanhar
Tem dia que simpliemente vejo versos
Expressão perfeita do romântico,
amor bobo, engênuo e iludido.
Torno me como tal quando o tenho
comigo.
2. Julgo a noite bela, por seu silêncio e serenidade.
Julgo a companheira pelas estrelas que compartilham seus brilhos.
Tenho a como preferida pela solidão da reflexão.
Amo a, querido, porque o tenho independente da escuridão.
3.Até mesmo eu nas condições que me encontro, consigo sorrir.
Ë ironica pela impossibilidade mas também é verdadeira pela vontade.
Falar com: impossivel
Sonha com: inevitavel
Ama-lo como: inigualavel.
Clara
Luz pequena, luminosidade distante
Se perto cega me, se longe quero-lhe,
Ideia perfeita de graça, como a santa
Seguiu os bons, olhou os fracos.
Quero te bem, quero te meu bem
Desvendar seus enrrolados, de voltas coloridas
Suas cores, luz branca de face escura.
Exemplo de contradição,
Seu equilíbrio lhe faz parece segura
Mas vejo nos olhos ausência de confiança.
Se não se ama, estou aqui para tal tarefa,
Mas se sou sua parte,
De outra parte precisa,
Para enfim torna-lhe inteira.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Faço minhas tais palavras.
Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Fernando Pessoa
*Achei o trecho e naturalmente me encantei, ainda ei de tentar definir a ação de escrever. Fico devendo também algum comentário ou curta biografia sobre o escritor português.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Meu Orgulho agora é você
Subestimaram-me, duvidaram da minha capacidade de escrever
De organizar as palavras e nelas plantar sentidos diferentes
De como posso induzir ideias por meio das letras
E transmitir sentimento através de combinações de fonemas.
Saibam que eu consigo, tanto conheci e escutei
Tanto pra falar e mostrar
Não diria eu experiente ainda
Mas em continuo experimento
Não sei se devo então me vangloriar de tal mérito
Não vejo dificuldade neste ato
Escrevo o que penso, o que vejo e sinto
E quem é que não pensa, vê e sente?
Saibam que eu tento, uma letra de cada vez
Silaba por silaba, até se tornarem textos
Talvez um dia livros e assim gradativamente
Esperando só pelo momento de fazer-lhes escrever também
Clara Alves
"Ela é o cara
Ela é de circo,
E sabe o que falar.
Sempre se pode contar
É clara mais é escura,
É alma pura
Posso te apresentar.
Linda e maravilhosa,
Seus cachos brilham sem parar.
Coração de bondade,
Recheio melhor que chocolate
Sinceridade além de tudo.
Mulher exemplo
Posso te afirmar.
Thiago Dias Corrêa."
Eu consegui, e sim, estou orgulhosa
domingo, 13 de fevereiro de 2011
micro conto.
Mais longe um pouco surge comentários:
-Se lembra quando agente chegou um dia acreditar?
-Que tudo era pra sempre?
-Sem saber que o pra sempre, sempre acaba.
Versos Roxos e Vermelhos
Quando na verdade esse tempo já passou
Usa o gerúndio como se ainda estivesse começando
Sabe da realidade, não há esperanças, já acabou.
Não pessa para voltar
Pois ontem pediu para ir
Vou atrás de qualquer outro par
Agora é minha vez, agora vou partir.
Não minta, meu querido
Seja forte como ontem
Não diga estar arrependido
Do peso da palma que contem.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Me identifiquei
Hoje eu levantei com sono com vontade de brigar
Eu tô maneiro pra bater pra revidar provocação
Olhei no espelho meu cabelo e tudo fora do lugar
Vê se não enche não me encosta
Tô bravo que nem leão
E não pise no meu calo que eu te entorno feito água
E te jogo pelo ralo
Hoje você deu azar
De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas
Dentro da sua cabeça
Hoje eu vou mudar o teu destino
Te passar num pente fino
Então desfaça sua trança
Eu que sou tão inconstante
E você tão permanente
Com a gente tudo enrolado
Não adianta creme rinse
Corta as pontas da sua mágoa
Que hoje eu tô meio implicante
Hoje você deu azar
De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas
Dentro da sua cabeça
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Gradativamente dentro de mim.
O que era apenas sombras de imagens maiores, apagado e não reconhecido.
Hoje é explicito e de tamanho assustador.
Cada vez mais difícil de ser escondido, já que agora brilha como um sinalizador.
Só que apesar de sua imensidão.
Consegue até então se manter escondido nas mais profundas camadas de mim.
Talvez eu pequeno, seja lá dentro, grande pra caber tal tamanho.
Até que vaze mostrando a verdade que guardo,
Na esperança de que na fonte em que essa dimensão surgiu,
Tenha também mesmo que pequeno e ainda insignificante,
Rastros daquilo que em mim cresce sem explicação