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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

apelos reais e passados


ENGANAR ME, ME PARECE FÁCIL QUANDO NECESSÁRIO.

São sentimentos crueis que me sustentam, pois foram estes que me derrubaram.
 Não por maldade de ti, mas por bondade a mim.
 Quero ser melhor para não dizer que quero lhe pior.
 Para manter a força fingidade que não tenho, e recolher me a um achismo incerto que conheço bem.
 Só assim percebo me bem, meu bem.

meu resgate,

Morro de rir ao reler meu texto.
Não me considero, e não me consideram, tão emotiva quanto aparento como "escritora".
Pelo contrário, sou insensível para alguns. Apesar de me debruçar em lágrimas ao ver um filme ou ler um livro um tanto quanto dramático(meus preferidos por sinal).
Não, eu tenho sentimentos sim. Só me falta paciência a frescurinhas amorosas reais, prefiro a ficção.
O que quero provar me centralizando como exemplo é a possibilidade de "Ogros", como eu, escrever.
E escrever, quando digo, não significa apenas ordenar palavras ou argumentar em formalidades estatísticas.
Escrever é sentir,
Escrever é perceber,
Escrever é se debruçar em pensamento, é organizar, é desabafar.

Me vejo em continua iniciação,
mas me lembro de versos antigos e gostaria de resgata-los agora.
Sinto falta deles, e temo por esquece-los.



Saibam eu consigo

Subestimaram-me, duvidaram da minha capacidade de escrever
De organizar as palavras e nelas plantar sentidos diferentes
De como posso induzir ideias por meio das letras
E transmitir sentimento através de combinações de fonemas.

Saibam que eu consigo, tanto conheci e escutei
Tanto pra falar e mostrar
Não diria eu experiente ainda
Mas em continuo experimento

Não sei se devo então me vangloriar de tal mérito
Não vejo dificuldade neste ato
Escrevo o que penso, o que vejo e sinto
E quem é que não pensa, vê e sente?

Saibam que eu tento, uma letra de cada vez
Sílaba por sílaba, até se tornarem textos

Talvez um dia livros e assim gradativamente
Esperando só pelo momento de fazer-lhes escrever também.

Entrelaço

     Escutei exatamente hoje "caminhar é bom para aqueles que se amam", na realidade o sentido era esse mas as palavras ditas não.
     É evidente que a ideia é perfeitamente coerente, quem nunca caminhou de mãos dadas e se sentiu de certa forma em plena ligação imaginaria ao parceiro e ausência do mundo? E o caminhar ao entrelaço de mãos se torna obrigatório sem carga pesada da obrigação.Casais não andam separados e se tentam, um clima de tenção e desinteresse se vê presente.
     Existe um feito extremamente difícil mas se quando alcançado é de imensa adoração, se perfeitamente realizado torna-se magico e natural. Depois de aflorar-lhes a imaginação sinto decepciona-los mas o tal feito é simples, andar de mãos dadas em total silencio.
     Minhas experiências quanto o não som absoluto e o caminhar não são em geral boas lembranças. Normalmente acontece quando se perde os assuntos, não se encontra desculpas, falta animo, iniciativa. São fatores piores do que brigas, insultos, ofensas, acusações, encomodos. São indiferenças que se insistem constantes, diferentemente das irritações "fogo de palha".
     Mas quando o silêncio conquistado, sem qualquer atrito de antes, traz calma e não há necessidade de voz e muito menos incomodo pela ausência desta. O caminho se passa sem um objetivo, os metros ficam para traz e se houvessem quilômetros também seriam deixados as costas. O mundo se vai, o olhar corre sem preocupações e quando encontram a dupla de pupilas parceiras se perdem em sorrisos de canto de boca. A descrição é lenta e de carácter romântico, iludido e inacessível. A realidade é simples mas a imaginação é melhor. Tudo se dá e se resume em harmonia e infinidade.
     Sinceramente e infelizmente, foram poucos esses meus momentos. Não vivo infeliz por isso, os dedos continuam a se entrelaçar mesmo que de maneira mais simploria. E a conectividade não se perde mesmo se acompanhada de som, gosto de som. Não fiz um apelo, apenas um comentário, uma observação, compartilhei  uma encantamento.
      E o que mais me faz refletir sobre as mãos dadas se vê a todo momento. Como me sinto bem, enquanto todos se sentem excessivamente normais, ao dar as mãos a uma criança. Percebo confiança e a naturalidade que falta quando muita idade. Feito tão belo de demonstração de afeto que as pessoas insistem em complicar, não vejo problema em caminhar, e deve ser lento para acompanha-la, com uma criança e silêncio.
      Tenho um outro exemplo, meu em particular, a qual não abro mão e pretendo cultiva-lo eternamente. Me entrelaço em mãos com minha mãe. E sinto falta quando não. Evito vergonha, clamo por contato e espero não perde-lo de ninguém.
       O entrelaço de dedos é perfeito, simétrico, quente, confiante. O desenho entre unhas, o contato entre calos, o movimento de articulações, aproxima e cativa. Conservo e recomendo, sinto por aqueles que evitam e invejo os que o conseguem com facilidade. Me entrelaço e espero ser ainda muito entrelaçada.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

escrevi de presente

 Dessa vez são linhas escritas sem preocupações estéticas,
são pensamentos lançado sem impedimentos.
 Minhas palavras se confundem a você.
 Que me recebe sem julgamento físico ou outro,
que me atende independente de tudo.
 Aqui estão versos meus para espirar os seus.
Feliz dia dos Namorados, por que se amor é o sentimento  conjugado no namoro,
considero-lhe um parceiro a que amo e respeito.
 O amor não reina em casais, e sim em todos que se gostam.



 Diríamos, então, não existem declarações que não as piegas.
 Não existem dedicatórias que não as repetitivas e bregas.
 Não existem homenagens que não as exageradas e aumentativas.
 Não existe amor que não o bobo e iludido.
 Acá venho-lhe tentando mostrar originalidade,
sem abandonar a ilusão boba, o exagero e o aumento, a repetição brega 
e por você, o sentimento piega. 


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

versos das minhas madrugadas

ai, saudade que me persegue
e me relembra do perfeito afeto
que deixei em minha morada.
Santa é a embriagues que
reforça meus sentimentos
e me embebeda de amor.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

La Mer

Talvez seja o recesso quanto as atividades, ou a simples manha por estar um pouco acidentada. As férias, a perna devidamente rasgada ou o que seja, não ouso nem determinar motivos para minha insistente preguiça. Confesso que não sinto falta do meu animo perdido, por enquanto, tenho direito a descanso, apesar que me sinto egoísta quando digo descanso por que se pode interpretar que faço algo que exige esforços, e nem é.
Não quero falar,
não quero ler,
nem mesmo escrever, e é por isto que tal texto se mostra descartavel, meu adorável lixo que ao menos se encontra aqui.

La Mer

La mer
Qu'on voit danser le long des golfes clairs
A des reflets d'argent
La mer
Des reflets changeants
Sous la pluie

La mer
Au ciel d'été confond
Ses blancs moutons
Avec les anges si purs
La mer bergère d'azur
Infinie



enfim, minha preguiça me degrada ao som amável de Piaf.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Acá voltei!

aqui acá de volta!
Perdoe me o abandono, abandonei a mim e não a vos. Hoje me recupero dos exageros medilcres de que insiste viver os jovens que com poucas casas de vida se notam importantes.
Mal sabemos nós que sofremos atoa. Mas sofremos para aprender a sofrer já que depois de sofrido, sofro melhor, apesar de um sofrimento sempre parecer pior.
Não me delongo em matéria maléfica, hoje opto pelas benéficas. Minha presença, no auge de minha alegria posso afirmar: tem algo mais agradável que enfim terminar meu momento de ausência, minha junção a ti? Ah humildade, não me venhas com regras morais, hoje não me encaixo a nivéis sociais. Deixei o travesseiro assim como quem deixa o tédio, tenho a vida, essa acordada.
Não me baseio mais em um pessimismo romântico, acá, nesse mesmo plano estão meus desejos.
Não mais escrevo, não canso meus dedos. Agora rezo, jaz aí minha oração que soua no papel como voz ritimada.
Volto no intuito de ter me comigo o que bom me parece, me rasga orelha a orelha um sorriso de dentes egoístas. Acá, egocentrismo companheiro, siga em frente que atrás foi se pretérito o que não nos pertence e nunca pertenceu.
Enfim, encerro o começo com palavras devidas de crentes. Pois creio, adiante. Amém

Digno me mim

Oh! Exagero que me consome
montanha que vejo quando
na verdade,simples morro.
Onde morro em pranto afogado
na minha hipérbole preferida.
É fato, de fita me enrrolo
de rosas me embolo
é para ver me, sentir me.
Caso contrario se não a tenho
de fato, me mato.
E vivo sem brilho, no exaltado sofrido
demente e sem fim.
Só és tu, digno de mim.

As curvas do vento

E quando agente recorda o passado,
que guarda distante?
E pensa poder ter interferido e mudado o futuro,
que passou em um instante?
E o futuro se vê presente, já não tão contente
do planejado futuro que se fez no passado
e hoje se passa insuficiente?

Pudera eu derrubar o tempo
que corre ligeiro e disposto
e mudar-lhe a direção
E assim como o vento
que vem, alegrando me o rosto
direto pro meu coração.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

bandeira branca

Bandeira branca na mão,
Corpo a latejar, rosto suado
Lágrimas já secas no chão
Me encontro perdido, cansado.

Independente da falta que você me faz
Hoje eu desisto, hoje quero paz.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Assim

Agora sou eu que pergunto, o que posso fazer? nasci assim, cresci assim, vivi assim, eu sou assim.
Pra vocês diferente, para os meus até comum.
São longos, suas curvas se desfazem já abaixo dos ombros, é alto e eternamente desalinhado.
Vejo lhes todos iguais, cada um igual a cada primeiro dos uns. Vejo me contraria, sempre igual a nenhum dos uns.
Não, não vou fugir desta responsabilidade, toda minha filosofia sendo desfeita por mim. Ainda aqueles que poço decepcionar, ainda a mim que posso desfazer. Até por que, nasci assim, cresci assim, vivi assim, eu sou assim.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Egoísmo

As indecisões me perseguem
Acompanham-me eternamente
Independente do que ei de tratar.

Peço, por favor não me neguem
Tudo e todos que tenho em mente
Sem excluir, sem descartar.

Pudera eu abraçar o mundo
Aproveitar deste, tudo que me oferece
Sem perder nenhum segundo.
Essa vida sim, bela me parece.

domingo, 3 de abril de 2011

será que...

será que eu estou ficando careta? Tô ficando pra trás, atrasada, impaciênte e tradicional?

Depois vocês reclamam quando eu digo que facebook é pra quem não tem amigos. Eu sei que é exagero essa ultima frase minha, mas convenhamos que alguns comentários são desnecessários. E eu, assim como estes observados, também devo não estar farta de amigos. E então fiz uma seleção, espero não estar contrangindo ninguém. Foi só uma forma de mostrar a necessidade que temos de divulgar nossas ações para termos atenção.

"esses emoticons do bate-papo do face é um absurdo ahuahuhauhahuuhahua totalmente voltados pro crime! kkkkk"

"arrumando"(eu sempre acho graça desse. Pra que esse anúncio dizendo que vai sair?)

"ensaio de Dança o dia todo, cansada mode ON =)"(ok, entendi que você é uma pessoa ocupada)

"Fazendo uma horinha aqui pra ir correr haha"

"eu e o guilherme lutando pelo chocolate"

"comer, tv, dormir. bbjbjbjbj"(sem comentários)

"por que as pessoas são tão falsas? s:"(esse é de dar dó, a pessoa está desabafando)

"
aula ;s beijos"

"
kkkkkkkkkkk"

"
to dando trela aqui"

Não serei hipócrita a ponto de banir o site de relacionamento, até por que o uso. Confesso que encontrei muito contéudo interessante, noticias, comentários ou até mesmo informações pessoais que relatam algum laço de amizade ou familiar, isso não me encomoda. O que realmente me encomoda é a substituição de uma conversa real pelos pouco caractéres possivéis em tais páginas de internet.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Antecipo minhas desculpas pelo comentário desnecessário

Achei engraçado.
Os artrópodes, em sua maioria moluscos, possuem sistema circulatório lacunar (aberto) e o transporte de substância no organismo é auxiliado por nada mais que três corações.
Diferentemente os poríferos, como exemplo as esponjas, têm ausente o sistema circulatório, consequentemente não possuem coração.
Então, se pararmos para fazer uma analise uma tanto idiota e desconsiderarmos a liberdade artística de criação de personagens, O Bob Esponja tem papel trocado com o Lula Molusco já que o ultimo apresenta grande insensibilidade em contra posição com o primeiro.


Ora, quem não tem marcado na memória um personagem de animação do qual dava e ainda dá gargalhadas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

DOCE:

adj. Que tem um sabor como do açúcar e do mel. / Que não é amargo, nem azedo, nem salgado. / Que é temperado com açúcar, mel ou outro ingrediente adocicante. / Fig. Terno, afetuoso, agradável, aprazível; leve, brando, mole. / Aquilo que é doce. / Confecção culinária em que entra açúcar, mel ou outro adoçante.

Composto principalmente por açúcar, uma forma possível dos carboidratos. A forma mais comum de açúcar consiste em sacarose. É usado para alterar (adoçar) o gosto de situações e situados já que de forma singela ameniza aquele que se encontra amargo adocicando todo o conjunto. Pode ser produzido comercialmente a partir da beterraba justificando o tom rosado da superficie.
Feito com amor e leveza de Vô. Impossível não agradar aqueles que provam, propicio ao surgimento de necessidade compulsiva e desejo de mais.

Sinestesia para imagem de suavidade. O doce é percebido pelo paladar, mas pode ser associado com o uso da figura de linguagem a outros sentidos. Entre eles a visão, tato e olfato levando a sensação de amável doçura. Recurso usado principalmente na literatura.

Devido à intensidade de açúcar, se consumido em grande quantidade pode levar a problemas gerais no organismo no qual apresenta sintomas variados entre eles, como citado anteriormente, iludida necessidade de tê-lo. Na ausência é possível que seja encontrado também outros muitos problemas já que este contém características importantes para a estabilidade de um organismo saudável.

-eu tenho meu doce, mas ele é feito de gente.

clara dos anjos

Hoje não sou mais criança,
Mas mesmo assim nunca deixei de ser
As asas carrego apenas na lembrança,
Mas também nunca deixei de as ter.
fotografa : Méria Cristina

terça-feira, 22 de março de 2011

Conclusões não só da física

A Força quando estudada pelas ciências que fazem analises deste fenômeno é dada por F = m.a. Nas minhas condições atuais pode ser substituída por outra formula. Essa nova visão de força é constituída pelas mesmas incógnitas, mas de sinais opostos.

Primeiramente, após horas de estudo e experiências, foi concluindo a primeira noção onde Força apresenta presença negativa, ou seja, ausência de força –F = (m1.a) + m2. É necessário dois corpos somados, preferencialmente em contato, para a realização da ação de não haver ação (-F).

A primeira massa na presença da segunda, multiplica com a aceleração conseqüente da alteração no sistema do corpo, cancelando qualquer possível surgimento de atrito (Fat). Isso conclui na ausência de força nos corpos que se mantêm juntos sem conseguir se repelirem até que uma outra força externa interfira.

Também é possível devido a situação ambiente que a força se apresente positivamente 2F = m1ª – m2. A primeira massa quando encontrada subtraída a segunda se eleva à aceleração e conclui na multiplicação de suas forças.

As pesquisas foram feitas em laboratórios naturais com material especifico os quais os resultados estão aqui apresentados. É possível que tal teoria não se concretize se mudado os valores das incógnitas.

Dados;

m1 = eu

m2 = você

a = aceleração dos batimentos cardíacos

-F = ausência de força nas massas

2F = multiplicação da força necessária para te ver

segunda-feira, 14 de março de 2011

agente tenta, né Thiago?

'' Num quarto ela bota o circo onde ela vai trabalhar; no outro ela bota o homem que ela vai gostar; no outro os amigos que ela vai ter. Arruma, prepara, prepara: ela sabe que vai chegar o dia de poder escolher. '' "Corda Banba" - Lygia Bojunga

"É assim como eu. Vivo viajando, colocando em cada ''quarto'' um pouquinho da minha imaginação e pensando em como foi minha vida quando era pequeno e como ela ainda será. E sei que irá chegar um dia que eu vou poder escolher. " Thiago Dias Corrêa

"Comparação melhor? Talvez impossível. Já são presentes em meus quartos, cada qual com seu devido cuidado, sendo amados e guardados. Minha arte, minha segurança e meu amor. Tenho os comigo escondidos no fundo das gavetas, sabendo que posso escolher. Mas, sinceramente, queria eu não ter essa opção e nunca abrir mão, nem agora e nem depois, dos quartos que carrego sempre comigo" Clara Alves

quinta-feira, 10 de março de 2011

Quanto a amizade

Tenho a comigo como um bem precioso
No qual me prendo.
E lanço um olhar de indignação àqueles que com tanta facilidade dela se desfazem.
Conforta-me e me distrai.
Compartilho lhe minhas alegrias e tristezas.
Escuto e falo sobre indecisões, ouço opiniões ou nem mesmo tenho vozes.
Apenas presença.



história boba, moral bonita.

Era uma vez uma casa na serra, e ela tinha três telhados,uma para cada família. Cada família gostava de cores diferentes, uma gostava de azul e tudo na casa era azul, a outra gostava de amarelo e tudo em sua casa era amarelo e por fim a ultima gostava de vermelho e tudo na casa é vermelho.

A casa de três telhados era isolada na serra e as famílias não conheciam ninguém mais além delas mesmas. Todos os dias brigaram entre si, não concordavam em nada, principalmente quanto as cores, sempre azul, sempre amarelo e sempre vermelho. E assim vivia numa continua infelicidade.

Foi quando num dia como outro qualquer nasceu entre os telhados amarelo e vermelho uma flor alaranjada. As famílias ficaram assustadas com a nova cor, uma junção do vermelho que não era vermelho e do amarelo que não era amarelo.

E assim as famílias passaram a se comunicar e entre o telhado azul e o amarelo nasceu uma flor verde. Mais tarde entre o telhado azul e vermelho cresce uma flor roxa. Desde então as famílias se misturam e tornam-se amigas.

E o jardim da casa que agora só tinha um telhado encheu se de diversas flores coloridas, tamanhos e texturas. As famílias vivem agora felizes na casa da serra.

Ditado por Clara 16, e escrito por Fernanda 12.

As mais místicas das narrativas são as infantis, por que sua simplicidade não lhes dão limites. Atarefando o leitor de ampliar sua imaginação atribuindo detalhes a história.(Clara Alves)

mulher




Venceu a vida com alegria e cores, não pode lutar contra o amor.

Verdadeira necessidade

"(...)não há nada no mundo que me interesse tanto como as crianças. Quando as observo, noto nesses pequenos seres o germe de todas as virtudes, de todas as faculdades que um dia lhes serão necessárias: em sua teimosia vejo a futura constância e firmeza de caráter; em suas travessuras, o bom humor que lhes fará vencer facilmente os perigos do mundo. E tudo isso de modo tão puro, tão íntegro! Sempre e sempre eu evoco estas palavras preciosas do Divino Mestre:"Se não vos tornardes igual a essas!..." Pois bem, meu caro amigo, as crianças, que são nossos iguais, que deveríamos tomar como modelos, nós as tratamos como nossos vassalos! Não queremos que elas tenham vontade! E nós não temos? Por que deveríamos ter privilégios? Por sermos mais velhos e mais experientes?... Deus do céu! Você só vê velhas crianças e crianças jovens, nada mais(...)"
Werther em " Os Sofrimentos do Jovem Wether"- GOETHE

Segunda típica de começo de mês, manhã escura e chuvosa na qual eu trocaria tudo pelos meus lençóis de volta. Mas eu que não tenho, e nunca tive, esse luxo que é o poder de escolha me encontrava em uma fila por sinal um tanto quanto extensa.

A cabeça cheia de contas, nas quais a maioria subtrações. Fui lentamente fechando os olhos e a gravidade foi fazendo valer-se, quando esbarrei de uma vez na mulher na minha frente e quase levei lhe a bolsa ao chão. Sem saber como me desculpar, olhei para traz e fiz o óbvio maldoso, apontei para criança que inocente dava a mão ao pai. E nesta entreguei toda a culpa do acidente.

A consciência pesou por um estante mas logo passou. Convenhamos que nunca fui muito ético e enfrentar uma mulher me encarando por possíveis duas horas futuras não me agradava nada. E o que poderia ela fazer a uma criança, não é nessa idade que permitimos que aprontem sem encher lhes de sermões do tipo "Já não acha que está crescido para esse tipo de atitude?", até porque diferente de mim, um homem que cresceu até de mais, aquela logo atrás de mim realmente não tinha tamanho pra nada.

Entediado e sonolento resolvi tentar chamar a atenção daquela criaturinha. Sentia que ia dormir se não arranjasse alguma motivação, e já que uma vez deu certo, se novamente esbarrasse naquela que me antecede na fila tenho um plano de fuga quanto a culpa. Mas como abordar uma criança? Não estava disposto a imitar vozes infantis e fazer careta, seria me rebaixar e rebaixa-la também. E toda aquela cena me parece de tamanha falsidade, só porque têm menos idade não significa que tenha doenças ou que sejam de outro mundo, vão crescer de toda forma e esconder o mundo não vai ajudar. Ninguém nunca me escondeu nunca me encheram de sonhos e dengos e mesmo assim não cresci com raiva do mundo.

Confesso que também não sou o cara mais carinhoso e atencioso do mundo, nem paciente, ou crítico ou... Não importa! Não tenho nem um tipo de trauma. Consequentemente não teria dificuldade de chamar a atenção da criança, podia lhe oferecer algum doce, só que estaria me contradizendo, não iria escorar em outras coisas, ia oferecer somente minha presença.

Na verdade estava preocupado demais, eu não precisava dela. Ela que precisava de mim. Agora que estava confiante virei pra traz e lhe mandei um sorriso meio sem graça e acenei com mão direita. A criança em questão, que pude notar era um menino, se escondeu atrás do pai abrasando forte suas pernas. Acabei então de comprar uma briga comigo mesmo, como pude ser rejeitado? Por uma criança? Devia ela saber que tenho quase o triplo de seu tamanho e que em seu lugar não rejeitaria a companhia de um homem como eu.

Me deparei com um sentimento que eu costumo rejeitar, eu precisava dele. Não deixaria aquela fila sem que me desse alguma atenção, abaixei e me igualei ao seu tamanho e puxei um dialogo inocente e fútil que não passaria de educação se direcionado a uma adulto “Oi, tudo bem?". O menino se conteve, olhou para o pai e não vendo nenhum olhar de reprovação se aproximou. Fiquei nervoso, na situação em que estava recuar seria perder a guerra, mas não tinha mais armas para lutar.

E tomando todo o domínio do momento começou a brincar com minha jaqueta que apresentava alguns buracos e manchas. Ele controlava meus movimentos e prendi meu olhar na mãozinha que desfiava o tecido como se estivesse o reformando. Que criatura boba, nem mesmo sabe meu nome e já se entregou a mim. Ou eu estava em suas mãos? Será minha inexperiência com crianças que me deixou tão perplexo quanto sua doçura?

Eu definitivamente precisava disso, na verdade sempre precisei. Não sei quanto ao resto do mundo mas imagino que não seja uma sensação tão individual, acredito que hei de encontrar alguém que concorde com as minhas novas conclusões. Nós precisamos da infância, não só a nossa, mas também a das crianças. Pode se até descartar o discurso obvio em que se afirma que são elas o futuro e mais uma serie de frases emotivas que lemos normalmente em propaganda de loja infantil. Não é com elas que me vejo agora preocupado, é comigo.

Não sejamos hipócritas. Quantas vezes fizemos como eu? Atribuir lhes culpa e inventar desculpas na qual elas se integram. Quantas vezes não fingi ocupar-me delas para na verdade me desocupar de todo resto? E quanto à leveza que têm? Aceitam ser conduzidas, e acreditam e admiram-nos. São poucos os sentimentos que se igualam ao de sentir se um exemplo, um espelho. Deveria isso corrigir os adultos e espirar as crianças. E hoje os problemas e doenças são em grande parte emocionais, temos muito perto a cura destes males. Alegria, persistência, simplicidade, vontade, verdade, encanto, disposição, amor. Sim precisamos, já tivemos, mas perdemos. Nos resta recuperar e o engraçado é que é fácil de achar. O maior problema é que ninguém quer procurar.

O tempo passou, a fila andou. Meu novo amigo muito me mostrou coisas importantíssimas como o dente que lhe faltava ou o roxo no joelho. E quando digo importante embora pareça irônico quero atribuir sentido literal a tal frase. Eu lhe mostrei coisas tolas como contas e aparelhos eletrônicos. O tempo passou, a fila andou, minha vez chegou. Fiz o que tinha que ser feito e deixei minha nova alegria, e ao cruzar a porta de vidro do estabelecimento voltei à velhice rancorosa, impaciente e oca.


“Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças”

Fernando Pessoa


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

No samba sempre foi assim

"Você só dança com ele e diz que é sem compromisso
É bom acabar com isso, não sou nenhum pai-joão
Quem trouxe você fui eu não faça papel de louca
Pra não haver bate boca dentro do salão"
Chico Buarque de Holanda

Me cutuca e me lança um olha de insatisfação
Entendo sua angustia, mas o giros na pista me prendem a atenção
Não abro mão do meu samba. Controle seu ciume
ou seus passos e pés, aprenda a dançar.
E então enfim até o salão pode me acompanhar

Tem dia que simpliemente vejo versos

1.Piegas,
Expressão perfeita do romântico,
amor bobo, engênuo e iludido.
Torno me como tal quando o tenho
comigo.

2. Julgo a noite bela, por seu silêncio e serenidade.
Julgo a companheira pelas estrelas que compartilham seus brilhos.
Tenho a como preferida pela solidão da reflexão.
Amo a, querido, porque o tenho independente da escuridão.

3.Até mesmo eu nas condições que me encontro, consigo sorrir.
Ë ironica pela impossibilidade mas também é verdadeira pela vontade.
Falar com: impossivel
Sonha com: inevitavel
Ama-lo como: inigualavel.

Clara

Nota : Escrever sobre si...Egoísmo e Humildade.

Luz pequena, luminosidade distante
Se perto cega me, se longe quero-lhe,
Ideia perfeita de graça, como a santa
Seguiu os bons, olhou os fracos.

Quero te bem, quero te meu bem
Desvendar seus enrrolados, de voltas coloridas
Suas cores, luz branca de face escura.

Exemplo de contradição,
Seu equilíbrio lhe faz parece segura
Mas vejo nos olhos ausência de confiança.

Se não se ama, estou aqui para tal tarefa,
Mas se sou sua parte,
De outra parte precisa,
Para enfim torna-lhe inteira.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Faço minhas tais palavras.

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Fernando Pessoa


*Achei o trecho e naturalmente me encantei, ainda ei de tentar definir a ação de escrever. Fico devendo também algum comentário ou curta biografia sobre o escritor português.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Meu Orgulho agora é você

Saibam eu consigo
Subestimaram-me, duvidaram da minha capacidade de escrever
De organizar as palavras e nelas plantar sentidos diferentes
De como posso induzir ideias por meio das letras
E transmitir sentimento através de combinações de fonemas.

Saibam que eu consigo, tanto conheci e escutei
Tanto pra falar e mostrar
Não diria eu experiente ainda
Mas em continuo experimento

Não sei se devo então me vangloriar de tal mérito
Não vejo dificuldade neste ato
Escrevo o que penso, o que vejo e sinto
E quem é que não pensa, vê e sente?

Saibam que eu tento, uma letra de cada vez
Silaba por silaba, até se tornarem textos
Talvez um dia livros e assim gradativamente
Esperando só pelo momento de fazer-lhes escrever também
Clara Alves


"Ela é o cara

Ela é de circo,
E sabe o que falar.
Sempre se pode contar

É clara mais é escura,
É alma pura
Posso te apresentar.

Linda e maravilhosa,
Seus cachos brilham sem parar.
Coração de bondade,
Recheio melhor que chocolate

Sinceridade além de tudo.
Mulher exemplo
Posso te afirmar.

Thiago Dias Corrêa."

Eu consegui, e sim, estou orgulhosa

domingo, 13 de fevereiro de 2011

micro conto.

A porta se fecha. E mais do que o muro da casa os separam.


Mais longe um pouco surge comentários:
-Se lembra quando agente chegou um dia acreditar?
-Que tudo era pra sempre?
-Sem saber que o pra sempre, sempre acaba.

Versos Roxos e Vermelhos

Então me diz que está mudando
Quando na verdade esse tempo já passou
Usa o gerúndio como se ainda estivesse começando
Sabe da realidade, não há esperanças, já acabou.

Não pessa para voltar
Pois ontem pediu para ir
Vou atrás de qualquer outro par
Agora é minha vez, agora vou partir.

Não minta, meu querido
Seja forte como ontem
Não diga estar arrependido
Do peso da palma que contem.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Me identifiquei

Implicante Ana Carolina
Hoje eu levantei com sono com vontade de brigar
Eu tô maneiro pra bater pra revidar provocação
Olhei no espelho meu cabelo e tudo fora do lugar
Vê se não enche não me encosta

Tô bravo que nem leão
E não pise no meu calo que eu te entorno feito água

E te jogo pelo ralo
Hoje você deu azar

De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas
Dentro da sua cabeça

Hoje eu vou mudar o teu destino

Te passar num pente fino
Então desfaça sua trança
Eu que sou tão inconstante
E você tão permanente
Com a gente tudo enrolado
Não adianta creme rinse
Corta as pontas da sua mágoa
Que hoje eu tô meio implicante
Hoje você deu azar

De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas
Dentro da sua cabeça


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Gradativamente dentro de mim.

Surgiu sem querer, de onde nunca tivesse imaginado que apareceria,
O que era apenas sombras de imagens maiores, apagado e não reconhecido.
Hoje é explicito e de tamanho assustador.
Cada vez mais difícil de ser escondido, já que agora brilha como um sinalizador.

Só que apesar de sua imensidão.
Consegue até então se manter escondido nas mais profundas camadas de mim.
Talvez eu pequeno, seja lá dentro, grande pra caber tal tamanho.
Até que vaze mostrando a verdade que guardo,

Na esperança de que na fonte em que essa dimensão surgiu,
Tenha também mesmo que pequeno e ainda insignificante,
Rastros daquilo que em mim cresce sem explicação

domingo, 30 de janeiro de 2011

Soneto puro


Tu carregas, meu amor
O peso de ser escura
Sofrer e sentir a dor
De quem não julgam pura.

Mas amo te por inteiro
Quando possuo suas curvas
Quando do seu cabelo sinto cheiro
Redondo como uvas.

Tudo que mais desejo
É que pudesses, minha querida
Sentir apenas o peso do meu beijo.

E farei o que puder
Para fazer da sua negra vida
A mais pura vida de mulher.





Michelle Obama(exemplo)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Escolha no que acreditar

Ouvi um dia de repente, como quem não queria nada.

Uma tarde de família, que se sucede aos domingos. Costume antigo, seguido sem problemas ou pressão. Parentes reunidos, panelas já vazias em contradição com a pilha de louça. Criança: debruçava em cima de pedaços de melancias, vestes manchadas de um rosa singelo, um caldo doce no chão que dividíamos com nossas cadelas. E assim na alegria ingénua da infância aproveitávamos o domingo.

Adulto: cada qual me sua posição própria e eterna. Havia aquele que cozinhava. Este era reconhecido pelo pano de prato bordado jogado no pescoço, como um crachá ou um cartão de identificação "cozinheiro". Haviam aqueles que se sentavam, e ali se mantinham sentados. Extremamente importantes, eram quem coordenavam as conversas, encontravam novos assuntos, sabiam de todos os boatos e, se necessário fosse, também os inventavam para não se manterem calados. Haviam aqueles inquietos, repetidamente davam ordens, sempre limpando algo ou alguém. Reclamavam do cansaço da semana mas nunca paravam para o merecido descanso. Talvez se descansassem não teriam do que reclamar e estariam novamente insatisfeitos. E assim na alegria extravasada de um copo de cerveja aproveitavam o domingo.

Sentada no chão, alisando uma filhote, ouvi de uma parente um tanto próxima algo que me intrigou. Na idade em que me apresentava nada significou, apenas o fato de ouvir pela primeira vez uma palavra que soava engraçado.

No meio de uma discussão de família um tanto polémica saiu uma frase que guardei até o dia em que pude intende-las, ou melhor, questiona-las. Guardei as palavras com carinho que saíram dos lábios de alguém que leva meus últimos nomes. Juntamente com o leve cheiro de álcool que senti, ouvi "Meus dois maiores ídolos foram homossexuais".

Não me lembro o contexto em que se encaixava a frase, consequentemente não sei o que se referia. Poderia quem sabe ser uma justificativa, onde alguém questionava uma opção sexual e em defesa foi apresentado seu talento. Como se não tivesse para eles problema ser homossexual já que eram talentosos. Ou talvez o problema foi a homossexualidade, e nem mesmo o talento os compensou como ser humano dentro de uma moral criada pela sociedade. Pior seria se fosse para afirmar que a atração pelo mesmo sexo não atrapalharia uma pessoa à ser talentosa. Quem sabe a crença, a vontade e o desejo de um individuo não os torna diferentes, podendo assim como outro qualquer chegar a glória, ser admirado e realizado.

Cabe a nós acreditar então, que Deus, para compensar a doença que nestes cresceu como uma anomalia humana que é o homossexualismo, deu-lhes talento.


Eu sinceramente, espero que não acreditemos.

Cássia Rejane Eller (1962-2001)
Renato Manfredini Júnior"Russo" (1960-1996)